quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Minha história no Santo

Nesse post vou relatar minha iniciação no Candomblé ,nem imaginava em um dia ser espírita , de família tradicional Católica Apostólica Romana.Sempre fui de dentro da igreja , dava aula de catequese , primeira comunhão , fui vice presidente do grupo de jovens e fiz parte da legião de maria , há 10 anos átras , dia 28 de outubro de 2001, ápos 21 dias recolhida , iniciei no Candomblé , por curiosidade até .Achava tudo tão lindo , as roupas, as danças , a linguagem e me identifiquei com a religião .
Meu avô esse dá foto, Sergio de Xango hoje falecido , preparou tudo com tanto amor e carinho junto com meu pai Paulo Sergio e minha irmã Lilian , foi tão lindo minha feitura que não aguentei de emoção ,no momento eu chorava de alegria como se tivesse encontrado alguem muito especial , ou como estivesse tido um filho , uma emoção tão forte que vinha de dentro para fora .
Meu avô Sergio era uma pessoa muito especial que tocava um Candomblé lindo , maravilhoso .
Eu fui feita de Oya , puro fón , meu pai de santo na época tomava seu oyê e meu tio obrigação de cinco anos .
O candomblé quando fui feita era rígido de hierarquia , meu avô tinha muito conhecimento , sabedoria e sabia colocar cada coisa na sua ordem , hoje está dificil encontrar hierarquia .
Agradeço toda regidez do meu avô de santo e do meu pai de santo , que o conhecimento que tenho hoje foi adquirido com muito esforço e sacrifício .
Eu ter iniciado no candomblé foi uma das maiores vitórias conquistadas , minha mãe Oya sempre me deu equilíbrio , saúde , bons caminhos , bons amigos , uma boa estrutura , logicamente com trabalho e dificuldades , mas a cada dia eu encontro uma porta , porque orixá reina na minha vida , agradeço ao meu pai de santo que me ajuda muito nos momentos de dificuldades e a toda minha fámilia de orixá , os que gostam e que não gostam de mim , mas enfim hoje sou feliz , orixá não me abandonou e procuro fazer tudo do meu conhecimento do que eu aprendi .
Essa parte termino com muitas saudades do meu avô , que Oya e Xango conduza ele a luz divina .





Templos

Os Templos de candomblé são chamados de casas, roças ou Terreiros. As casas podem ser de linhagem matriarcal, patriarcal ou mista:

* Casas pequenas, que são independentes, possuídas e administradas pelo babalorixá ou iyalorixá dono da casa e pelo Orixá principal respectivamente. Em caso de falecimento do dono, a sucessão na maioria das vezes é feita por parentes consanguineos, caso não tenha um sucessor interessado em continuar a casa é desativada. Não há nenhuma administração central.

Casas grandes, que são organizadas tem uma hierarquia rígida, não é de propriedade do sacerdote, nem toda casa grande é tradicional, é uma Sociedade Civil ou Beneficente. Casas de linhagem matriarcal: (só mulheres) assumem a liderança da casa como Iyalorixá.
Casas de linhagem patriarcal: (só homens) assumem a liderança da casa como Babalorixá no Culto aos Orixá ou Baboejé no Culto aos Egungun.
Casas de linhagem mista: tanto homens como mulheres podem assumir a liderança da casa.

Sincretismo

No tempo das senzalas os negros para poderem cultuar seus Orixás, Inkices e Voduns usaram como camuflagem um altar com imagens de santos católicos e por baixo os assentamentos escondidos, segundo alguns pesquisadores este sincretismo já havia começado na África, induzida pelos próprios missionários para facilitar a conversão.

Depois da libertação dos escravos começaram a surgir as primeiras casas de candomblé, e é fato que o candomblé de séculos tenha incorporado muitos elementos do Cristianismo. Crucifixos e imagens eram exibidos nos templos, Orixás eram freqüentemente identificados com Santos Católicos, algumas casas de candomblé também incorporam entidades caboclos, que eram consideradas pagans como os Orixás.

Mesmo usando imagens e crucifixos inspiravam perseguições por autoridades e pela Igreja, que viam o candomblé como paganismo e bruxaria, muitos mesmo não sabendo nem o que era isso.

Nos últimos anos, tem aumentado um movimento "fundamentalista" em algumas casas de candomblé que rejeitam o sincretismo aos elementos Cristãos e procuram recriar um candomblé "mais puro" baseado exclusivamente nos elementos Africanos.

Crenças

Candomblé é uma religião "monoteísta", embora alguns defendam a ideia que são cultuados vários deuses, o deus único para a Nação Ketu é Olorum, para a Nação Bantué Nzambi e para a Nação Jeje é Mawu, são nações independentes na prática diária e em virtude do sincretismo existente no Brasil a maioria dos participantes consideram como sendo o mesmo Deus da Igreja Católica.

Os Orixás/Inquices/Voduns recebem homenagens regulares, com oferendas de animais, vegetais e minerais, cânticos, danças e roupas especiais. Mesmo quando há na mitologia referência a uma divindade criadora, essa divindade tem muita importância no dia-a-dia dos membros do terreiro, como é o caso do Deus Cristão que na maioria das vezes são confundidos.

* os Orixás da Mitologia Yoruba foram criados por um deus supremo, Olorun (Olorum) dos Yoruba;
* os Voduns da Mitologia Fon foram criados por Mawu, o deus supremo dos Fon;
* os Nkisis da Mitologia Bantu, foram criados por Zambi, Zambiapongo, deus supremo e criador.

O Candomblé cultua, entre todas as nações, umas cinquenta das centenas deidades ainda cultuadas na África. Mas, na maioria dos terreiros das grandes cidades, são doze as mais cultuadas. O que acontece é que algumas divindades têm "qualidades", que podem ser cultuadas como um diferente Orixá/Inquice/Vodun em um ou outro terreiro. Então, a lista de divindades das diferentes nações é grande, e muitos Orixás do Ketu podem ser "identificados" com os Voduns do Jejé e Inquices dos Bantu em suas características, mas na realidade não são os mesmos; seus cultos, rituais e toques são totalmente diferentes.

Orixás têm individuais personalidades, habilidades e preferências rituais, e são conectados ao fenômeno natural específico (um conceito não muito diferente do Kami do japonês Xintoísmo). Toda pessoa é escolhida no nascimento por um ou vários "patronos" Orixás, que um babalorixá identificará. Alguns Orixás são "incorporados" por pessoas iniciadas durante o ritual do candomblé, outros Orixás não, apenas são cultuados em árvores pela coletividade. Alguns Orixás chamados Funfun (branco), que fizeram parte da criação do mundo, também não são incorporados.

Nacões

Nações



Os negros escravizados no Brasil pertenciam a diversos grupos étnicos, incluindo os yoruba, os ewe, os fon, e os bantu. Como a religião se tornou semi-independente em regiões diferentes do país, entre grupos étnicos diferentes evoluíram diversas "divisões" ou nações, que se distinguem entre si principalmente pelo conjunto de divindades veneradas, o atabaque (música) e a língua sagrada usada nos rituais.

A lista seguinte é uma classificação pouco rigorosa das principais nações e sub-nações, de suas regiões de origem, e de suas línguas sagradas:

* Nagô ou Iorubá
o Ketu ou Queto (Bahia) e quase todos os estados - Língua Yoruba (Iorubá ou Nagô em Português)
o Efan na Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo
o Ijexá principalmente na Bahia
o Nagô Egbá ou Xangô do Nordeste no Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Rio de Janeiro e São Paulo
o Mina-nagô ou Tambor de Mina no Maranhão
o Xambá em Alagoas e Pernambuco (quase extinto).
* Bantu, Angola e Congo (Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Rio Grande do Sul), mistura de Bantu, Quicongo e Quimbundo línguas.
o Candomblé de Caboclo (entidades nativas índios)
* Jeje A palavra Jeje vem do yorubá adjeje que significa estrangeiro, forasteiro. Nunca existiu nenhuma nação Jeje na África. O que é chamado de nação Jeje é o candomblé formado pelos povos fons vindo da região de Dahomey e pelos povos mahins. Jeje era o nome dado de forma pejorativa pelos yorubás para as pessoas que habitavam o leste, porque os mahins eram uma tribo do lado leste e Saluvá ou Savalu eram povos do lado sul. O termo Saluvá ou Savalu, na verdade, vem de "Savé" que era o lugar onde se cultuava Nanã. Nanã, uma das origens das quais seria Bariba, uma antiga dinastia originária de um filho de Oduduá, que é o fundador de Savé (tendo neste caso a ver com os povos fons). O Abomei ficava no oeste, enquanto Ashantis era a tribo do norte. Todas essas tribos eram de povos Jeje[5],(Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo) - língua ewe e língua fon (Jeje)

Candomblé

Candomblé, culto dos orixas, de origem totêmica e familiar, é uma das religioes afro brasileiras praticadas principalmente no Brasil, pelo chamado povo do santo , mas também em outros países como Uruguai, Argentina , Venezuela, Colombia, Panamá e México. Na Europa: Alemanha,Itália,Portugal e Espanha.

A religião que tem por base a anima (alma) da natureza, sendo portanto chamada de animica, foi desenvolvida no Brasil com o conhecimento dos sacerdote africanos que foram escravizados e trazidos da Àfrica para o Brasil, juntamente com seus Orixas/Inquices/Voduns, sua cultura, e seu idioma, entre 1549 e 1888.

Embora confinado originalmente à população de negros escravizados, proibido pela igreja catolica , e criminalizado mesmo por alguns governos, o candomblé prosperou nos quatro séculos, e expandiu consideravelmente desde o fim da escravatura em 1888. Estabeleceu-se com seguidores de várias classes sociais e dezenas de milhares de templos. Em levantamentos recentes, aproximadamente 3 milhões de brasileiros (1,5% da população total) declararam o candomblé como sua religião. Na cidade de Salvador existem 2.230 terreiros registrados na Federação Baiana de Cultos Afro-brasileiros e catalogado pelo Centro de Estudos Afro-Orientais da UFBA, (Universidade Federal da Bahia) . Entretanto, na cultura brasileira as religiões não são vistas como mutuamente exclusivas, e muitos povos de outras crenças religiosas — até 70 milhões, de acordo com algumas organizações culturais Afro-Brasileiras — participam em rituais do candomblé, regularmente ou ocasionalmente

. Orixas do Candomblé, os rituais, e as festas são agora uma parte integrante da cultura e uma parte do folclore brasileiro.

O Candomblé não deve ser confundido com Umbanda, Macumba e/ou Omoloko, outras religiões afrobrasileiras com similar origem; e com religioes afro americanas similares em outros países do Novo Mundo, como o Vodou Haitiano , a Santeria Cubana , e o Obeah, em Trinidade Tobago, os Shangos (similar ao Tchamba africano, Xambá e ao Xangô do Nordeste do Brasil) o Ourisha , de origem yourubá, os quais foram desenvolvidas independentemente do Candomblé e são virtualmente desconhecidos no Brasil.